terça-feira, 14 de setembro de 2010

Tríduo Pascal e Domingo de Páscoa

     Em São Martinho de Brufe, celebramos na quinta-feira, pelas 20h, a Instituição da Eucaristia, onde as crianças do 3.º ano de catequese, participaram no "lava pés" e tomaram parte na celebração da Eucaristia, o que pretendeu ser uma preparação para a festa que irão celebrar no dia 4 de Julho: a Festa da Eucaristia.
     Já na sexta-feira, pelas 15h, todos quantos quizeram recolher-se para a adoração ao Santíssimo, puderam fazê-lo na igreja paroquial de Brufe, que se encontrou aberta. Mais tarde, pelas 20 h, celebramos a Paixão do Senhor, onde os adolescentes do 8.º ano de catequese participaram, celebrando a Festa da Vida. Elevamos a Cruz vitoriosa do Senhor, para a adorar. Na cruz, Jesus venceu todo o mal e tudo o que há de morte em nós. Da Cruz brota uma fonte inesgotável de Vida. É esta Vida, que o 8.º ano de catequese, celebrou e continua a celebrar. A vida aparece como um dom total e para sempre torna-se verdadeira Festa. A nossa vida é constituída por acontecimentos marcantes. Por isso os celebramos em festa. A cruz é o acontecimento mais marcante do cristão. Ela define o modo de ser do discípulo de Cristo. A Cruz não simboliza a Morte, mas a Vida e Esperança que nos conduz à vida ressuscitada.
     No sábado, pelas 21h, celebramos a Vígilia Pascal, ou o Sábado de Aleluia, onde pudemos vivenciar a mais bela das noites e, também, a mais bela das celebrações. 
     Já no domingo, pelas 9h sairam da igreja paroquial os 8 compassos que durante todo o dia percorreram as ruas da paróquia, anunciando Jesus Ressuscitado. Pelas 17h, concentraram-se no Lugar do Padim e, de lá, prosseguiram em procissão até à igreja paroquial onde, pelas 17h30, foi celebrada a Eucaristia de Páscoa, presidida pelo Sr. P.e Paulino Carvalho e concelebrada pelo Sr. P.e Francisco Carreira.


A todos vós, irmãos em Cristo Jesus Ressuscitado,
a Paróquia de São Martinho de Brufe deixa votos de uma Santa e Feliz Páscoa!

Domingo de Ramos e Via Sacra

     A paróquia de São Martinho de Brufe, celebrou no passado dia 28 de Fevereiro, o Domingo de Ramos, bem como o Dia Mundial da Juventude, com a habitual bênção dos ramos seguida de procissão em direcção à igreja paroquial, onde se celebrou a Eucaristia. A concentração foi junto do Cruzeiro, tendo-se iníciado a celebração pelas 10h30.



     Também neste dia, a Paróquia de São Martinho de Brufe, organizou a Via Sacra. A concentração foi no Lugar de Silvares, pelas 20h30, percorrendo depois algumas das ruas da comunidade, terminando na igreja paroquial. Este foi um importante e fundamental momento para a vivência pessoal da Páscoa que inicia a Semana Maior do Cristianismo, onde cada um de nós é convidado a viver com maior intensidade o mistério fundamental do cristianismo: a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

Dia do Centro Social e Paroquial de São Martinho de Brufe

    
     No passado Domingo, dia 7 de Março, decorreu o Dia do Centro Social e Paroquial em São Martinho de Brufe.
     Pelas 10h30, foi celebrada uma Eucaristia de Acção de Graças, presidida pelo Reverendíssimo Cónego Vítor Novais e concelebrada pelos Pe. Joaquim Lopes, Pe. Raul Moreira, Pe. Horácio Moreira e Pe. Paulino Carvalho, Presidente do Centro Social e Paroquial de São Martinho de Brufe.
     Já pelas 14h30, no edifício do Centro Social e Paroquial de São Martinho de Brufe, várias dezenas de paroquianos e amigos do Centro, foram chegando para marcarem presença na apresentação da Liga de Amigos desta Instituição. A Liga de Amigos do Centro Social e Paroquial de São Martinho de Brufe, será constituída por todas as pessoas, singulares ou colectivas, que se proponham colaborar na prossecução das actividades da Instituição, quer através de contribuições pecuniárias quer de trabalho voluntário, comportando membros beneméritos, que tenham prestado à Instituição serviços ou contribuições que mereçam essa distinção; membros subscritores, que solicitem a sua admissão como membros da Liga de Amigos; e membros voluntários, que sendo sócios subscritores se predispõem a colaborar com a Instituição em regime de voluntariado.
     Durante a apresentação, o Pe. Paulino Carvalho, cintando um excerto de “O Principezinho” de Saint-Exupéry «Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante…», procurou transmitir o seu agradecimento a todos quantos permitiram, com a sua colaboração, esta obra, que “é de todos, com todos e para todos”, e a importância de continuarmos a cuidar dela, “perdendo um pouco do nosso tempo” para uma causa maior.
     No final, todos tiveram a oportunidade de visitarem as instalações.

Inauguração e Bênção do Centro Social e Paroquial

     O Primeiro-Ministro, Eng.º José Sócrates inaugurou, no passado dia 26 de Fevereiro, o Centro Social e Paroquial de São Martinho de Brufe, seguindo-se a Bênção do edifício pelo Excelentíssimo Reverendíssimo Arcebispo-Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, um ilustre filho da Paróquia de são Martinho de Brufe.


     A cetimónia teve ínicio às 16h00, no edifíco do Centro Social e Paroquial, com a presença de dezenas de paroquianos e amigos da Instituição.
     A Sofia, a Leonor, o Martim, a Matilde, a Maria João e a Matilde Costa estranharam e não terão percebido a razão do enorme movimento de pessoas nas imediações da sua sala de actividades da creche que frequentam. O espaço é recente e ainda cheira a novo. As auxiliares começam a sentir dificuldade para prender a atenção dos pequenos utentes do Centro Social e Paroquial de Brufe. As câmaras de filmar e os flashes das câmaras fotográficas despertam de vez a atenção da pequenada, surpreendida com a "invasão" do Primeiro-Ministro e da Ministra do Trabalho e da Solidariedade, entre outras personalidades.


     O presidente do Centro Social e Paroquial, Pe. Paulino Carvalho, agradeceu o apoio de todos na construção daquela obra. Lembrando que o lema da instituição é «uma casa de todos, com todos e para todos», o sacerdote sustentou que a paróquia foi impulsionada por um imperativo de fé na criação de uma obra que teve a conjugação de diversas vontades. «Sem querer solucionar todos os problemas, este projecto procura responder ao grito humanista que os tempos actuais exigem da comunidade humana eclesial», afirmou, acrescentando que a cooperação com o Estado «é fundamental» para que seja garantida a estabilidade e o melhoramento da qualidade dos serviços prestados às populações.
     Por seu turno, D. Jorge Ortiga não escondeu o orgulho na comunidade da sua terra natal, que nos últimos 25 dotou a freguesia de várias estruturas, nomeadamente a igreja e a residência paroquial, que é modelo na diocese, o pavilhão multiusos e agora o centro social. «Foram feitos sucessivos milagres numa freguesia pequena, sem ricos, mas com pessoas com grande coração e generosidade», notou o Arcebispo de Braga.
     No final, todos poderam confraternizar e apreciar a obra num pequeno lanche que foi servido.

Dar sem nada perder...

     Sem custos para o contribuinte, o Estado permite que 0,5% do imposto liquidado reverta a favor das Pessoas Colectivas de Utilidade Pública, na qual se inclui o Centro Social e Paroquial de São Martinho de Brufe. A contribuição através da declaração de rendimentos é um acto de responsabilidade social que visa apoiar todas as pessoas mais desfavorecidas da sociedade.
     Para isso basta que, preencha no anexo H da Declaração de IRS de 2009, a entregar em 2010, o quadro 9, no campo 901, assinalando com um X a sua intenção para ser inscrito no modelo de declaração o Número de Identificação de Pessoa Colectiva do Centro Social e Paroquial de São Martinho de Brufe -504989553 -, como entidade beneficiária.


     Caso prático:

     Se no cálculo do imposto, relativo a 2009, tem na parcela "imposto a pagar" cinco mil euros e em "retenções na fonte" seis mil euros, o fisco aplica a taxa de 0,5% ao "imposto a pagar" (cinco mil euros) e entrega à Instituição escolhida vinte e cinco euros, sem prejudicar o reembolso de mil euros a que tem direito o contribuinte.

     Desde já, o nosso obrigado pela sua colaboração.

     Bem haja!

Encontro de Reis

    
     A paróquia de São Martinho de Brufe, organizou no passado domingo, dia 10 de Janeiro, com início às 14h30, o já habitual Encontro de Reis.
     Esta actividade, que decorreu na cripta da igreja paroquial, teve por objectivo, a angariação de fundos para a construção do Centro Social e Paroquial de São Martinho de Brufe, pelo que além de toda a festa e cantares de reis que marcaram presença nesta tarde, foi também realizado um leilão de ofertas feitas pelos paroquianos, revertendo todo o dinheiro angariado, para esta nobre causa.
     Desde já, agradecemos a presença de todos quantos nos quizeram agraciar com a sua visita e colaborar para a construção desta “Casa de todos, para todos e com todos.”

Votos de um Santo Natal e de um Bom Ano Novo

Adoração ao Santíssimo Sacramento - Sagrado Lausperene

     No passado Domingo, 8 de Novembro, a comunidade de São Martinho de Brufe, acolheu, mais uma vez o Sagrado Lausperene – Adoração ao Santíssimo Sacramento. Foram muitas as pessoas que ali acorreram para adorar o Senhor e não para comparar o modo como estava enfeitada a igreja, pois o Lausperene não é isso, de forma alguma.
     Os arranjos florais são apenas instrumentos. Estão ao serviço da Liturgia. A sua missão é apontarem para o Senhor e não para si mesmos. Não podem ser motivo de distracção mas devem ajudar à concentração.
     O Lausperene é um momento de importância ímpar para educar e conduzir a um encontro transformante com Cristo. No Lausperene, o importante é o Senhor. O Senhor que deve ser louvado e adorado. O Senhor que se fez nosso companheiro e nosso alimento. O Senhor que também está nos outros, que devem ser respeitados como templos de Deus que são.
     O Sagrado Lausperene deve ser vivido como momento forte de tomada de consciência do que a Santíssima Eucaristia é e de como a devemos viver ao longo do dia. Deve ser um momento privilegiado para reflectirmos sobre o dever de eucaristizarmos a vida, vivendo-a em acção de graças e colocando-a ao serviço dos outros. Dando-a por amor, como Jesus fez. Deve ser ocasião para avivarmos a consciência do dever de amarmos os outros como Deus nos ama: com um amor gratuito e com um amor que perdoa e que esquece (Silva Araújo).


     Bento XVI escreveu, no número 14 da encíclica Deus é Amor:

     «Na comunhão sacramental, eu fico unido ao Senhor como todos os demais comungantes. (...) A união com Cristo é, ao mesmo tempo, união com todos os outros a quem Ele se entrega. Eu não posso ter Cristo só para mim; só lhe posso pertencer se unido a todos aqueles que se tornaram ou tornarão seus. A comunhão tira-me para fora de mim mesmo, projectando-me para Ele e, deste modo, também para a união com todos os cristãos». (...) «Na comunhão eucarística, está contido o ser amado e o amar, por sua vez, os outros. Uma Eucaristia que não se traduza em amor concretamente vivido, é em si mesma fragmentária».

     Nas Recomendações Pastorais que apresentou em Balasar no dia 22 de Outubro de 2005 o senhor D. Jorge Ortiga lembrava que, «seguindo a Cristo, não podemos separar a fé das concretizações práticas de justiça, inspiradas precisamente em Cristo, também presente nos nossos irmãos. A verdadeira caridade é um acto de adoração ao Santíssimo na custódia do nosso próximo». Bem vivido, em vez de gerar comentários sobre qual a igreja onde «o Senhor estava mais bonito», o Sagrado Lausperene há-de levar-nos a um maior empenho na recristianização da nossa sociedade e na construção de um mundo melhor (Silva Araújo).
     Para todos aqueles que queriam em suas casas, no seu recolhimento ou, porque não, num local de culto, fazer a sua adoração ao Santíssimo Sacramento, fica aqui uma sugestão de oração, a partir da Palavra:

                                                       Sagrado Lausperene
 

                                                      “Eu sou o Pão da Vida”
                                      Acolher a Palavra no banquete eucarístico



     Evangelho segundo São Lucas

     «Chegada que foi a hora, Jesus pôs-se à mesa, e com ele os apóstolos. Disse-lhes: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer. Pois vos digo: não tornarei a comê-la, até que ela se cumpra no Reino de Deus”.
     Pegando o cálice, deu graças e disse: “Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. Pois vos digo: já não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus”.
     Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim”. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: “Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós”».

     (Lc 22, 14-20)

Arraial de São Martinho

     No passado fim-de-semana, dias 13 e 14 de Novembro, decorreu o Arraial de São Martinho, organizado na paróquia de São Martinho de Brufe. Esta acção decorreu no pavilhão poli-desportivo, uma vez que o tempo não permitiu a sua realização ao ar livre. No entanto, em nada diminuiu o espírito da festa.
     Podem destacar-se as várias barraquinhas de comes e bebes, frutas, doces, queijos e fumados, o porco assado, entre outros e, como não poderiam faltar, as castanhas assadas que foram distribuídas gratuitamente pela população. Houve ainda lugar a jogos tradicionais, cantares ao desafio, actuação do Rancho Folclórico de Brufe e a encenações alusivas ao São Martinho, bem como ao sorteio de três cabazes. No sábado, foi celebrada a eucaristia, animada pelas crianças e adolescentes da catequese.
     A organização desta acção, em honra do padroeiro da paróquia, esteve a cargo do grupo de Caminheiros do Agrupamento nº 218 de São Martinho de Brufe, juntamente com os outros movimentos da mesma paróquia, tendo por objectivo, a angariação de fundos para a construção do Centro Social e Paroquial de São Martinho de Brufe, revertendo todo o dinheiro angariado, para esta nobre causa, pelo que se agradece desde já, à contribuição e generosidade de todos quantos nos visitaram e colaboraram para a construção de um sonho que “é de todos, para todos e com todos.”

     Obrigado!

Festa do Doente e do Idoso


     No passado Domingo, dia 18 de Outubro, realizou-se, na Paróquia de São Martinho de Brufe, a já habitual Festa do Doente e do Idoso.
     O dia começou com a celebração da eucaristia, pelas 10h30, na igreja paroquial, seguindo-se um almoço convívio para todos quantos quiseram participar, tendo para isso efectuado as suas inscrições.
     Esta comemoração destinou-se a todos os doentes sem limite de idade e aos reformados com mais de 65 anos e pretendeu ser uma oportunidade de envolver toda a comunidade num importante momento de comunhão com aqueles que, muitas vezes, estão carentes de uma palavra ou de um gesto amigo.

A Paróquia...


     A Paróquia de São Martinho de Brufe, pertence ao Arciprestado de Vila Nova de Famalicão e à Diocese de Braga. Para os menos conhecedores do mapa religioso em Portugal, a Comunidade Paroquial de São Martinho de Brufe, pertence à Freguesia de Brufe, Concelho de Vila Nova de Famalicão, Distrito de Braga.
     É uma paróquia bastante jovem, tendo inúmeros movimentos ligados às crianças e jovens, mas também conta com a participação de pessoas empenhadas na construção de uma paróquia do séc. XXI, isto é, uma paróquia dinâmica que enfrenta os problemas colocados pela constante evolução mundial. E este dinamismo, só é possível aliando toda a comunidade na construção deste sonho.
     Movimentos Paroquiais: CNE; Catequese; Grupo Coral Infanto-Juvenil; Zeladoras; Ministros da Comunhão; Pastoral familiar; Leitores; Concelho Económico; Confraria; Grupo de Jovens; Grupo Coral Adulto; Legião de Maria; Conferência Vicentina; Acólitos; e Centro Social.
     A comunidade paroquial conta com uma equipa sacerdotal, também ela jovem, composta pelo Sr. Pe. Paulino Carvalho e pelo Sr. Pe. Francisco Carreira, e tem vindo também nos últimos anos a acolher jovens na sua preparação para abraçarem a vida do sacerdócio, o diaconado.
     Todos juntos estamos também empenhados na construção de um “sonho” que “é de todos, com todos e para todos”: a construção do Centro Social de São Martinho de Brufe. Uma obra à muito ansiada, mas que está agora a tornar-se realidade, contando já com todas as valências em funcionamento como o SAD – Serviço de Apoio ao Domicilio, Centro de Dia, Lar e Creche.
     Sendo uma paróquia de certo modo urbana, uma vez que se encontra na periferia de cidade, Vila Nova de Famalicão, conta com uma constante oferta de actividades, como Formações de Adultos, Cursos Bíblicos, Jornadas das Famílias, Formação de Catequistas, entre outras. Recentemente, aquando da celebração do Ano Paulino, acolhemos no Arciprestado os Encontros com São Paulo, orientados pelo Sr. Bispo D. António Couto, o que se revelou um importante momento de aprendizagem e crescimento em comunidade para todos quantos frequentaram estes encontros.
     Como vêm estão perante uma paróquia bastante activa e que acolhe bem todos aqueles que nos visitam.
     Por isso já sabem: Venham conhecer-nos!

     Para contacto:

          Residência Paroquial
          Rua D. Jorge Ortiga, n.º 1582
          4760 - 253 Brufe
          Vila Nova de Famalicão
          E-mail: saomartinhodebrufe@gmail.com

         Tel : 252 303 250
          Fax: 252 303 259

D. Jorge Ortiga - Um filho da Paróquia de São Martinho de Brufe


D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga


     D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga nasceu em Brufe (São Martinho), concelho de Vila Nova de Famalicão, no dia 5 de Março de 1944.
     Cursou os seminários da Arquidiocese de Braga entre 1955 e 1967, ordenando-se sacerdote em 9 de Julho deste mesmo ano.
     Foi Vigário Cooperador na paróquia de S. Vítor, em Braga, entre 1967 e 1968.
     Licenciou-se na Faculdade de História Eclesiástica da Universidade Gregoriana, em Roma, em 10 de Outubro de 1970, frequentando depois o currículo para o doutoramento. Ainda em Roma, de 1 Outubro de 1970 a Maio de 1971, fez em Grottaferrata um curso de espiritualidade sacerdotal orientado pelo Instituto Mystici Corporis.
     Regressado a Braga, passou a trabalhar na Secretaria Arquiepiscopal, onde se manteve de Junho de 1971 a Setembro de 1973, tendo durante este período colaborado na pastoral da Igreja dos Terceiros, em Braga em 1 de Outubro de 1973 foi nomeado Reitor da Igreja dos Congregados e Capelão da Irmandade de Nossa Senhora das Dores e Santa Ana, erecta na mesma Igreja.
    Em 24 de Novembro de 1981 foi nomeado Vigário Episcopal para o Clero, cargo em que foi reconfirmado em 1 de Outubro de 1985.
     Em 6 de Março de 1985 foi nomeado Cónego Capitular da Sé de Braga.
     Em 9 de Novembro de 1987 o Papa João Paulo II nomeou-o Bispo titular de Novabárbara e Auxiliar de Braga, tendo recebido a ordenação episcopal na Cripta da Basílica do Sameiro, em 3 de Janeiro de 1988.
     Em 5 de Junho de 1999 foi tornada pública a sua nomeação para Arcebispo de Braga, tendo tomado posse no dia 18 de Julho de 1999.
     No Seminário Conciliar de Braga, (depois Instituto Superior de Teologia e agora Faculdade de Teologia-Braga) leccionou as cadeiras de Introdução aos Estudos Históricos, História das Religiões e História da Igreja.
     Orientou diversos retiros a sacerdotes, tanto na Diocese de Braga como noutras regiões do País.
     Como Vigário Episcopal para o Clero deu grande importância aos contactos pessoais com os sacerdotes e às semanas de actualização.
     Foi responsável pelo Secretariado Arquidiocesano das Vocações e Presidente do Instituto de História e Arte Sacra fez parte do Conselho Presbiteral, inicialmente como representante dos sacerdotes novos e posteriormente em função do cargo de Vigário Episcopal, participando do Conselho Permanente.
     Presidiu ao Secretariado Geral do 40º Sínodo Diocesano e coordenou o Secretariado Diocesano de Pastoral.
     Foi Presidente do Conselho de Administração do Instituto Diocesano de Apoio ao Clero (IDAC).
     Foi Presidente da Assembleia Geral da Associação «Dar as Mãos».
    Na Conferência Episcopal Portuguesa presidiu à Comissão Episcopal da Doutrina da Fé e pertence à Comissão Episcopal da Educação Cristã.
     No presente momento é também:
               · Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa;
               · Delegado do Conselho das Conferências Episcopais Europeias;
               · Delegado do Conselho Superior da Universidade Católica Portuguesa.

São Martinho - O Homem e a Lenda

     O Santo

     No calendário litúrgico, o dia de S. Martinho celebra-se a 11 de Novembro, data em que este Santo, falecido dois ou três dias antes em Candes, no ano de 397, foi a enterrar em Tours, França. Hoje em dia, não sendo o uso do missal tão frequente, nem todos os crentes católicos se lembrarão de ver, nos dias festivos do ano, o que se diz relativamente ao dia 11 de Novembro e ao seu Santo: «São Martinho é o primeiro dos Santos não Mártires, o primeiro Confessor, que subiu aos altares do Ocidente (...) A sua festa era de guarda e favorecida frequentemente pelos dias de “verão de S. Martinho”, rivalizando, na exuberância da alegria popular, com a festa de S. João.» (in Missal de Dom Gaspar Lefebvre). Com efeito, S. Martinho foi, durante toda a Idade Média e até uma época recente, o santo mais popular de França. O seu túmulo, abrigado desde o séc. V por uma Basílica (sucessivamente destruída e reconstruída) em Tours, era o maior centro de peregrinação de toda a Europa Ocidental. A sua generosidade e humildade, aliadas a uma enorme fama de milagreiro fizeram dele um dos santos mais queridos da população. E ainda hoje o seu espírito de partilha é fonte de inspiração. O facto de o seu dia coincidir com a época do ano em que se celebra o culto dos antepassados e com a altura do calendário rural em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas (do vinho, dos frutos, dos animais) leva a que a festa deste Santo tenha toda uma componente de exuberância que actualmente tende a prevalecer.


     O Homem

     O conhecimento que se tem da vida de S. Martinho, apelidado de apóstolo da Gália, é devido principalmente ao seu primeiro e mais dedicado biógrafo, Sulpício Severo (c.360-c.420), historiador cristão de expressão latina, nascido na Aquitânia, também declarado santo.  Quando conheceu S. Martinho, já este era bispo vivendo no entanto fiel ao ideal monástico, recolhendo-se longe do fausto do palácio episcopal. Sulpício Severo tornou-se seu discípulo, amigo e biógrafo. É graças a ele que hoje temos um relato precioso da vida deste Santo. São Martinho, era filho de um tribuno e soldado do exército romano. Nasceu e cresceu na cidade de Sabaria, Panónia (actual Hungria), em 316 e veio para as Gálias como soldado. Sendo ainda catecúmeno, deu um dia perto de Amiens a um pobre, que lhe pedia esmola por amor de Cristo, metade do seu manto. Na noite seguinte, Jesus Cristo apareceu-lhe vestido com essa metade que ele dera ao pobre, e disse-lhe: "Martinho, sendo tu ainda catecúmeno, vestiste-Me com este manto". Recebeu o baptismo aos 18 anos por Hilário, bispo da cidade de Poitiers. Depois de viajar pelo Oriente, onde se iniciou na vida monástica, faz por algum tempo vida de eremita numa ilha das costas da Ligúria. Finalmente, fez-se discípulo de Santo Hilário, que então florescia na cadeira episcopal de Poitiers e fundou no deserto de Ligugé, a duas léguas da sede do Bispado, um mosteiro para onde se retirou com alguns discípulos. Lançou assim os alicerces do monaquismo nas Gálias. Mas Deus não queria que esta luz, ficasse oculta debaixo do alqueire, e S. Martinho foi arrancado à paz da solidão sendo revestido da dignidade episcopal, que lhe deu ensejo para desenvolver largamente os dotes do seu coração de apóstolo. Pregou o Evangelho pelos campos da Gália e extirpou de vez os resíduos tenazes do paganismo, que tinham resistido à investida cristã a coberto da superstição e da ignorância do povo. Colocado à frente da diocese de Tours, fundou a célebre abadia de Marmoutiers ou o grande mosteiro aonde com frequência se retirava para viver mais longe do mundo e, mais perto de Deus. Cercavam-no oitenta monges de vida santíssima, pautada pelo exemplo e regra dos eremitas da Tebaida. Viveu mais de oitenta anos, ocupado sempre com a glória de Deus e a salvação das almas, e morreu em Candes, perto de Tours, em 397. Ao seu túmulo afluíam de toda a parte peregrinações frequentes. Gregório de Tours, que lhe sucedeu, não hesita em chamar-lhe o "Patrono de todo o mundo". Poucos santos alcançaram a popularidade dele. Só em França há perto de mil igrejas paroquiais e 485 burgos e lugares com o seu nome. Em Roma é notável a igreja de S. Silvestre e S. Martinho, onde se faz a estação de quinta-feira da quarta semana da Quaresma. A capa de São Martinho era conduzida à frente dos exércitos em tempo de guerra e nela se pregavam os sermões solenes em tempo de paz. Símbolo da protecção, que S. Martinho dispensava à França, esta capa deu o nome ao oratório que a guardava e a todos os oratórios, ou "capelas".

     A Lenda


     Há muitos episódios lendários ligados a S. Martinho pois este teria feito muitos milagres. Parece que em seu redor as coisas aconteciam sempre melhor, eram mais belas e mais cheias de inspiração: o mal transformava-se em bem, as pessoas tinham visões maravilhosas, a própria natureza tornava-se espelho da bondade e da vontade do Santo. No entanto, reza a lenda, que quando era ainda soldado, ao entrar na cidade de Amiens, montado no seu cavalo, deparou com um pobre homem praticamente sem roupas e, sendo um Inverno especialmente rigoroso, ao ver que ninguém o ajudava, mesmo pessoas com muito mais posses que ele, tentou ajudá-lo a proteger-se do frio, cortando para isso a sua manta militar ao meio; o seu único bem real naquele momento, e ofereceu o pedaço ao homem. Na mesma noite teve uma visão na qual vislumbrou a face de Cristo, que estava vestido com a manta dada ao mendigo e, assim, São Martinho acreditou que aquele a quem ajudara fora Jesus Cristo. E para que os homens se recordassem deste dia, durante 3 dias, por altura deste acontecimento, todos os anos o clima de Inverno, dá lugar a um chamado, “Verão de S. Martinho”.



    Mas em França há quem associe a expressão "Verão de S. Martinho" ao facto milagroso de terem florido as plantas, reverdecido as árvores e os pássaros terem começado a cantar, à passagem do corpo do Santo, levado de barco de Candes, onde tinha morrido, para Tours onde foi enterrado. Discorrendo sobre ele, disse o Papa Bento XVI: «O gesto caritativo de São Martinho insere-se na lógica que levou a Jesus a multiplicar os pães para as multidões famintas, mas sobretudo a dar-se a si mesmo como alimento para a humanidade na Eucaristia". (...) "Com esta lógica de compartilhar se expressa de modo autêntico o amor do próximo». (Alocução do Ângelus, de 11 de Novembro de 2007).